Esquecimento
Se eu esquecer, será como se nada nunca tivesse acontecido. Se não esquecer e ignorar, estarei lidando com um sonho e não a lembrança de algo real.
Repeliu meu amor, mas estou sangrando por que negou a verdade.
Ao pôr do sol tentarei lidar com todas essas memorias, memorias modificas pelo que sei agora, sendo manchadas por minhas lagrimas e tua partida.
Me deletando como vírus, me cuspindo como veneno, me apagando como um erro.
Injeto morfina enquanto me cortas de tua vida. Não almejei a eternidade, mas esperei um bom final.
Sem proteção me lancei ao confronto, mas tu se escondeu desviando do amor, da dor.
Ontem era poesia hoje sou uma folha rasurada de marcas incompreendidas, aos poucos vou desaparecendo, enquanto você me mata.
Agora enterrada espero vagamente por flores que me digam o porquê do crime “sem motivos”.