Para o Jajá, com amor
Querido Jajá, que esta chegue ao “teu Oriente Eterno” e te encontre bem calminho. Hoje te escrevo para enviar um beijo, aproveito para falar da saudade que nunca termina. A tua presença é constante, mesmo que estejas num outro plano.
Ainda bem que tu te foi antes de ver o que se passa por aqui, tem um candidato a presidente que está na prisão com o pessoal do partido, tipo Ali Babá, tem cada coisa maluca que o teu coração nem ia aguentar. Aqui, tudo calmo, a tempestade passou, o chefe está bem e a família cresce (lindamente) como capim, por isso resolvi te escrever. Ainda não consigo ficar quieta, herdei o teu motor. Só queria dizer que, das coisas que aprendi contigo, o que mais prezo, são teus legados de amor, o amor ao livro, à arte, à música, o amor a todos nós. De todas as jóias que me deste, a mais significativa foi a serenidade nas horas difíceis, a tua vivacidade ficou em mim. De ti, guardo sempre o exemplo do trabalho, a mente brilhante, a tua disposição com os jovens, o entusiasmo sem fim. Meu Jajá, polivalente, idealista e generoso, é assim que te defino. Tenho muita saudade e o teu coração de “leão” é o meu escudo e abrigo. Que vontade de te abraçar, ouvir uma estória de Malba Tahan e fazer palavras cruzadas contigo, encarapitada no braço do sofá. Nosso cão Max ia te adorar, cachorro bem mijão aquele, comeu um sofá novo no primeiro dia. Gosto de lembrar as tuas dramaticidades, quando ficavas brabo e querias brigar comigo, as tuas explosões de fúria eram muito engraçadas.
Jajá, acho que era isto, a minha terra tá gelada, a tua, em guerra, andam atirando até dentro dos hospitais, tipo “se parar o bicho pega, se correr o bicho come”...Que te abrace o teu Grande Arquiteto do Universo. Beijos daqui!
Bat