Arte do amor

Leia, meu poeta, é apenas uma reflexão para teus dias mais alinhados.

Apenas um breve recado, porque, a carta esperada, ainda será em mãos.

A única pessoa que conseguiu atravessar o meu silencio e adentrar meu pensamento. Parabéns!

Mas, como poderia ser diferente?

Minha autorização não foi assinada e já não dava tempo de voltar atrás.

Segui adiante e a sua exuberante inteligência foi me conquistando e me envolvendo.

Sua atitude gentil encanta e atordoa; não deixando conversa para o instante seguinte

À cada passo, percebi a verdade dominando todo o meu tempo, enquanto novas conquistas eram expectativas evidentes.

Mesmo assim o limite era superado, um lugar especial era ocupado em meu mundo.

Até hoje não consigo entender como você silenciou, num momento, onde a própria linguagem era a sua teoria mais sutil e eficaz.

Sim, eu e tu éramos igualmente fascinados pelo ideal comum.

Lembra quando pintou o meu retrato?

Uma idéia romântica e apaixonada.

Logo depois só soube me dizer adeus, sem despedidas.

Mais pode acreditar meu amado: eu nunca lhe disse o momento mais precioso aqui comigo!

Não te falei, porque eu sabia que você não entenderia.

Por isso vou sempre além e posso te alcançar, onde quer que você esteja.

Não preciso de permissão para estar perto.

Vou e volto, sem precisar revelar frestas ou espaços.

Então, por favor, pare de lutar pelo que é infinitivamente belo e diferente.

Sempre estarei às margens do rio da vida, papel em branco na mão, esperando você!

Não quero muito.

Basta só um Oi...

Cemma
Enviado por Cemma em 06/07/2018
Reeditado em 06/07/2018
Código do texto: T6383122
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