Arte do amor
Leia, meu poeta, é apenas uma reflexão para teus dias mais alinhados.
Apenas um breve recado, porque, a carta esperada, ainda será em mãos.
A única pessoa que conseguiu atravessar o meu silencio e adentrar meu pensamento. Parabéns!
Mas, como poderia ser diferente?
Minha autorização não foi assinada e já não dava tempo de voltar atrás.
Segui adiante e a sua exuberante inteligência foi me conquistando e me envolvendo.
Sua atitude gentil encanta e atordoa; não deixando conversa para o instante seguinte
À cada passo, percebi a verdade dominando todo o meu tempo, enquanto novas conquistas eram expectativas evidentes.
Mesmo assim o limite era superado, um lugar especial era ocupado em meu mundo.
Até hoje não consigo entender como você silenciou, num momento, onde a própria linguagem era a sua teoria mais sutil e eficaz.
Sim, eu e tu éramos igualmente fascinados pelo ideal comum.
Lembra quando pintou o meu retrato?
Uma idéia romântica e apaixonada.
Logo depois só soube me dizer adeus, sem despedidas.
Mais pode acreditar meu amado: eu nunca lhe disse o momento mais precioso aqui comigo!
Não te falei, porque eu sabia que você não entenderia.
Por isso vou sempre além e posso te alcançar, onde quer que você esteja.
Não preciso de permissão para estar perto.
Vou e volto, sem precisar revelar frestas ou espaços.
Então, por favor, pare de lutar pelo que é infinitivamente belo e diferente.
Sempre estarei às margens do rio da vida, papel em branco na mão, esperando você!
Não quero muito.
Basta só um Oi...