Minha querida Dolores de Barriga Silva
Epitaciolândia, 18 de agosto 2018.
Minha querida Dolores de Barriga Silva
Faz muito tempo que vivo pensando nesse momento em que eu tomei a decisão de escrever essa missiva.
Tenho que ser sincero o que não fui até ontem, e dizer que tudo o que aconteceu entre nós é um passado que temos que esquecer.
Não serei longo, pois o nosso assunto é um total desencontro nas nossas relações desenvolvida ao longo desses últimos mais de cinquenta anos.
Não devo sentir revolta por seus atos e desacatos escrevem e assinam o que eu sempre pensei de você.
Essa parte eu guardarei e não irei escrever, pois poderei mais uma vez magoar você.
Perdão não é a palavra certa, mas, culpado sou por pensar que coloquei ilusão na sua vida sofrida.
Enquanto eu vivia a vida de conquistas fáceis tinha a certeza de que você foi uma pessoa das mais fáceis e confesso que não sentia excitação por você, por quê? A sua maneira de tratar e falar dos seus sempre me irritou.
Não quero tecer mais delongas e apenas dizer que você nunca seria uma amante para mim, eu tinha a minha “pequena” que sempre foi muito amiga e só queria que eu lhe desse o líquido do amor e as nossas relações amorosas eram as melhores do mundo e que mesmo depois de sua ida para o infinito ainda assim faz-me ter sonhos maravilhosos e sempre na esperança de um encontro.
Coloquei caraminholas na sua mente e o seu desejo de trair o seu marido era o que movia as suas atitudes, mas, o que fazer se não sentia nada por você?
Um aperto de mão é o que posso oferecer nessa minha despedida.
Continue sendo feliz e que encontre ou reencontre alguém que possa fazer valer a sua vingança.
Sem saudades,
Lauro Paixão