Consumida
Plantei limões e esperei que nascessem maças, fui ao semiárido acreditando que choveria.
Pulei esperando não cair, fui ao deserto acreditando que não sentiria sede.
Te amei esperando ser amada, fui ao teu encontro acreditando que estaria a minha espera.
A verdade que sussurra em meus ouvidos não te torna menos culpado, você cometeu o crime mas quem pagará a sentença sou eu.
Pego meu colete a prova de balas e me ponho na linha de fogo, sofrendo os impactos me mantenho de pé. Pois me recuso a sair desta guerra que é amar você.
Estou andando em uma corda bamba esperando não cair, mas não cair é impossível pois o vento é forte, e quando eu chegar ao final não me esperam aplausos.
Te amar é um vício ao qual estou disposta a deixar me consumir.