CARTA A UMA AMIGA

Carta a uma amiga.

E aí, amiga, quanto tempo! Vim morar em Fortaleza em 1972 e nos vimos poucas vezes, onde a última foi em 1994. Quando morei em Sobral, falamo-nos por telefone, mais ou menos no início de 2000. Voltei há quase sete anos e não nos comunicamos mais. Coisas da vida! A profissão de professora sempre me tomou o tempo de forma quase completa, sem que proporcionasse folgas necessárias para visitar os amigos. Ontem, recebi um e-mail de uma amiga, dizendo que você se encontra um pouco “dodói” e que havia perguntado por mim. Lamento, de coração, saber que você está assim. Dúnnia e eu choramos muito e estamos pedindo a Jesus a sua cura. Sempre a considerei uma irmã, desde os 6 anos de idade quando fui morar vizinho a você e percebi que tínhamos as mesmas afinidades. Escrevi uma crônica sobre nossa vida de criança e adolescente, para publicar no Recanto das Letras, se puder leia. No momento, não posso ir aí. Há quase dois anos, estou com problemas de artrose na coluna e as pernas incham muito. Faço tratamento, porém não fiquei curada. Às vezes sinto tonturas. Confio em Jesus que ficarei boa, pois nada para Ele é impossível. Você também, amiga, confie, coloque sua vida nas mãos dEle que não desampara ninguém. Você foi sempre uma pessoa crente em Deus e tem sua vida pautada nos princípios religiosos. Foi boa filha, é boa esposa, boa mãe e avó, uma pessoa exemplar.

Confia! Quero te ver boa e ainda podermos conversar muito. Lembrar o tempo em que cantávamos: você tocando sanfona, o Eudes no violão e eu depois na sanfona também. Como era gostoso aquele luar da praça de são Francisco! É uma das coisas que não esqueço.

Mas o tempo passa e as coisas mudam, não é, amiga? Vamos contraindo responsabilidades... Hoje, tenho 4 netinhos: 3 meninas e um menino que são lindos. Meu filho Germano, meu filho Cláudio, esposa e Sthefany, moram comigo. Dúnnia também. Pablo tem 2 filhas, Yasmim 11 anos e Thalyta 3 anos. Joselito tem um filho Itzahk, 5 anos; Cláudio tem a Sthefany de 3 aninhos. São os meus tesouros.

Melhoras, amiga! Fique com Deus.

Maria de Jesus

Fortaleza, 2011