de todas as cartas
De todas as cartas que já te escrevi, dói-me saber que há um silêncio adormecido, cansado de esperar um verso e um sorriso qualquer que responda ao meu amor.
De todas as cartas que já te escrevi, fica uma esperança qualquer descrita nas linhas e nuvens de sonhos fazem-se frente a nostalgia de querer agarrar possibilidades com os dedos.
Que se vão...
E eu não posso mais esperar.
No teu silêncio perdido entre o teu mundo e o meu, eu emudeço, choro , me entristeço.
No teu silêncio perdido eu te amo, como nunca amei...
No teu silêncio perdido eu invento histórias que nunca viverei contigo, mas que estão vivas dentro de mim, que renascem a cada dia renovando uma gota de céu, frente ao mar das ilusões.
No teu silêncio perdido eu te aceito e refaço o meu viver, mesmo que seja apenas meu...
De todas as cartas que te escrevi, esta sangra saudade e sangra ausência, tudo parece tão distante...
(Sem você o mundo me dói)