Não me Julgue
Peço a você que não me julgue, não procure erros pelos quais você faz parte, cometendo assim o equívoco de estar também julgando a si própria.
Oi, sou eu... Falho, complicado, difícil de entender, e sujeito ao erro, como você. Sou inseguro, impaciente, incompreensivo, pareço uma cópia sua.
Vejo na sua impaciência, o desejo ardente de que eu seja a causa de todo o problema, que tudo começou em me, e, portanto, deve terminar em me.
Esqueça sua razão e deixe o seu eu por alguns instantes, raciocine e repense as suas ações, se encontre no contexto da nossa vivência e analise o momento como o todo da situação.
Tudo é muito simples de se entender e mais ainda de se explicar. Você se deixou cegar pelo ciúme, perdeu a capacidade de pensar e o desiquilíbrio gerou ações e dolorosas consequências. Agora você tem certeza que julgando a me, julgava a você mesma.
Claro que tudo que eu escrevi nesta carta é o inverso do que você está lendo, nunca foi você, o ciúme não era o seu, não começava em você e jamais poderia terminar em você.
Caso você esteja lendo esta carta, é um pedido de desculpa, se não houver oportunidade de pedi-lo pessoalmente.
Um grande abraço.