Querida Karen,
Tenho que te escrever, você precisa saber de meus assuntos mundanos. Sonhei com você noite passada. Sonhei com você a noite inteira. E foi incrível. Em um devido momento que tive que acordar, ao voltar a dormir você estava lá de novo. E um mundo inteiro foi o que esteve à nossa disposição, assim como ele existiu em uma galáxia não muito distante. Eu te visitei e eu te beijei. E tudo foi tão real que entristeci quando acordei e me deparei em minha própria cama. Eu morri em seus braços nesses sonhos. E era eu descansando em seu morno e suado peito, não o contrário. Você sorria. Eu brinquei com seu cabelo, longos e perfumados do jeito que nossa juventude foi. Você brilhava e tudo o que eu fazia era ignorar a tristeza do mundo real. Não foi apenas em minha casa que as ocasiões eram serenas. Seu quarto agora é um espaço em minha mente, que se abre em minhas noites mais saudosas e solitárias. E eu não preciso do sol para me esquentar, contanto que eu tenha seu sorriso emoldurado na parede de minhas lembranças. E eu não preciso da lua para me inspirar, contanto que eu tenha seus olhos guiando minhas palavras ao papel. Suas pernas, sua cintura, seus ombros e suas mãos, cada curva tua merece uma música, Karen. Mas eu só sei escrever poemas ruins.
Acordei de vez quando o relógio marcou três da tarde. Fazia frio e meu quarto estava bem escuro, apesar do sol deste nosso Rio de Janeiro mostrar sua presença pelas finas aberturas das cortinas. E me arrependi profundamente quando saí da cama, ao invés de ter voltado a dormir, para me esforçar a voltar a ti como da última vez. Mas algumas lutas foram feitas para serem perdidas. Li isso em algum lugar, em alguma parede de algum banheiro público. Ou em alguma página ruim de um livro superestimado. De qualquer forma, achei que devesse te escrever desta vez.
Sinto muito.
Tenho que te escrever, você precisa saber de meus assuntos mundanos. Sonhei com você noite passada. Sonhei com você a noite inteira. E foi incrível. Em um devido momento que tive que acordar, ao voltar a dormir você estava lá de novo. E um mundo inteiro foi o que esteve à nossa disposição, assim como ele existiu em uma galáxia não muito distante. Eu te visitei e eu te beijei. E tudo foi tão real que entristeci quando acordei e me deparei em minha própria cama. Eu morri em seus braços nesses sonhos. E era eu descansando em seu morno e suado peito, não o contrário. Você sorria. Eu brinquei com seu cabelo, longos e perfumados do jeito que nossa juventude foi. Você brilhava e tudo o que eu fazia era ignorar a tristeza do mundo real. Não foi apenas em minha casa que as ocasiões eram serenas. Seu quarto agora é um espaço em minha mente, que se abre em minhas noites mais saudosas e solitárias. E eu não preciso do sol para me esquentar, contanto que eu tenha seu sorriso emoldurado na parede de minhas lembranças. E eu não preciso da lua para me inspirar, contanto que eu tenha seus olhos guiando minhas palavras ao papel. Suas pernas, sua cintura, seus ombros e suas mãos, cada curva tua merece uma música, Karen. Mas eu só sei escrever poemas ruins.
Acordei de vez quando o relógio marcou três da tarde. Fazia frio e meu quarto estava bem escuro, apesar do sol deste nosso Rio de Janeiro mostrar sua presença pelas finas aberturas das cortinas. E me arrependi profundamente quando saí da cama, ao invés de ter voltado a dormir, para me esforçar a voltar a ti como da última vez. Mas algumas lutas foram feitas para serem perdidas. Li isso em algum lugar, em alguma parede de algum banheiro público. Ou em alguma página ruim de um livro superestimado. De qualquer forma, achei que devesse te escrever desta vez.
Sinto muito.