Aos autênticos que não perdem a ternura

1. Queridos, não há nenhum problema em ter uma alma sensível e um coração de manteiga.
2. Deus se agrada dos que se permitem fluir para o próximo. Os fluidos contornam qualquer obstáculo pra desaguar em outras almas.
3. Lindo isso! Desde que cuidem para que não lhes esmoreça a razão.
4. Ou seja, esforcem para rir ou chorar, amar ou partir, sem ser traído pelas emoções ou por ações motivadas pelos impulsos.
5. Mas não deveria ser amar ou odiar? Oito ou oitenta?
6. Ora, no ódio perde-se a lucidez do raciocínio. O lúcido, na incapacidade de amar, despede-se e vai.
7. Já dizia o nosso Mestre: também podemos aprender com pombas e serpentes.
8. Jamais ignorem que fazer o bem esperando algum gesto de gratidão não passa de egoísmo e soberba.
9. A famigerada "regra de três" só é aplicável na exatidão científica. Nas relações pessoais o buraco é  escuro e sem fundo! 
10. Não existe previsibilidade nas razões do coração. Muito menos barganhas a fazer.
11. Confiou? Se estrepou.
12. Sejam autênticos, sensíveis e racionais.
13. Estejam certos de que a eternidade ainda é uma promessa. Por enquanto, no espaço-tempo em que vivem tudo é finito.
14. Saibam chegar e partir, receber e ofertar, ganhar e perder, ser lembrados e ser esquecidos, acolhidos e rejeitados,
15. Porque todas essas faces da existência serão por vocês conhecidas.
16. Sendo assim, não sejam orgulhosos por nada e muito menos ressentidos de coisa alguma.
17. Nesta existência não passarás mais que um século. Não desperdice a areia que ainda escorre em vossas ampulhetas.
18. Carpe Diem!


(Imagem: internet)
Jefferson Lima
Enviado por Jefferson Lima em 21/12/2017
Reeditado em 24/12/2019
Código do texto: T6204303
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.