Despedida

Observando as coisas como estão, começa a fazer sentido a perda. Dolorosamente ela vem tomando conta de tudo. Passo por um segundo luto... o primeiro, jurei a mim mesma que não perguntaria sobre os porquês... ficarão sufocados no meu coração junto com a dor que dilacera e fere a cada dia, sem jamais entender, sem jamais ser compreendido. O segundo, como quem morre de velhice, aos poucos, pela ausência mas que não tem culpados, pelo acaso, infeliz destino, atropelos, acidentes da vida... Os juramentos, as promessas, compromissos, nunca serão verdadeiros perante a realidade dura e fria que implode o sonho lindo vivido deliciosamente, porém, explicitamente destacando com junções dolorosas das palavras "não se apaixone" e "encontros descompromissados"... nunca fui muito obediente, agora pago a dor do castigo... levarei guardada as lembranças de cada instante mágico, porém não me sinto bem em alimentar algo que não posso cumprir e que me parece ter perdido o encantamento, não de minha parte, pois seria capaz de alimentar meus sonhos por uma eternidade, mas parecer brincar com alguém que me fez infinitamente feliz, alguém que tocou afundo minha alma tão lindamente... queria olhar nos teus olhos, pois não tenho suas palavras e o teu silêncio me mata... então eles falariam o que eu queria ouvir, mas a vida parece não querer... sei que perdeu a graça, acabaram suas esperanças como disse... Sei que pareço culpada... Talvez seja... mas tá doendo mais em mim, pode ter certeza... mas deixar vc livre é o melhor a se fazer agora...