Prisma

O silêncio é um velho amigo e sempre conversamos muito.

Ainda permanecem em minha mente, como sementes implantadas enquanto eu dormia.

As lembranças caem como silenciosas gotas de chuva, quando meus olhos se fecham.

Pouca luz arrepiante fria e úmida, caminhando sozinho e sem descanso como num sonho.

É escuro apenas quando estou parado e os pensamentos nada sussurram.

As vozes cruzam meus ouvidos, sem jamais me perturbar.

Suavemente as cores se misturam, sem dizer uma palavra.

Continuamente numa superfície prismática, nas retas paralelas, vejo apenas seu sorriso.

Eduardo Perez
Enviado por Eduardo Perez em 14/12/2017
Reeditado em 14/12/2017
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