Meu sol
A luz do sol tem a intensidade do brilho dos meus olhos ao ouvir sua voz. Deveria ser o contrário, porque o sol é a maior estrela que existe. Mas no meu mundo, você é o sol. Então, tudo bem se eu considerar que cada efeito que você me causa apenas por existir, não é exagero ou incompreensão do universo. Você vem quente, e de repente preciso trocar minhas roupas e colocar meus óculos escuros. Típico verão. Você se vai, e coloca o moletom, e ele cai tão bem no seu corpo, que penso que o sol afinal, foi feito para todas as estações.
E não há santo que convença que essa luz um dia pode acabar. Tudo na vida é finito. É o que dizem. As coisas morrem e os objetos inanimados ficam. Tornam-se astros depois que a gente vai embora. Depois que a gente deixa de existir.
Portanto, o sol sempre fica, seja no seu lugar habitual ou no canto em algum pedaço de papel, em um teto em cor fluorescente ou numa parede qualquer.
Ele é sinal de vida, de que ainda há vida. Porque o dia que ele deixar de existir, de certa forma, deixaremos de existir também.