Carta aberta
Carta aberta sem destinatário.
O mundo pós moderno esboça traços de insensibilidade aguda! Nunca antes vivenciamos tamanha frieza. É a unanimade do ódio, da completa falta de apatia, do imediatismo, da insanidade, e da insensatez. Aonde habitará o amor? Outrora enaltecido, hoje embrutecido. Inaudita realidade, utópica possibilidade, vivemos hoje a era da vaidade. Não mais possuímos um objetivo, vivemos hoje sem motivo, tentamos sorrir, e sonhar, mas a mídia nos diz o que devemos desejar, almejar, e repudiar. Somos robôs marchando em linha reta, gritando em uníssono, parte da grande quimera. A literatura não mais representa algo valioso, e a arte não mais possui o significado um dia atribuído por Nietzsche. É a era da auto sabotagem intelectual, da super valorização do externo, da destruição dos valores da ética, e da disseminação da morte. É a pluralidade cultural, sem valor moral, é o excesso de informação, e o boicote ao conhecimento. É a era da cegueira deliberada, e o repúdio ao discernimento.