cartas : penso em ti (5)
às vezes, de quando em quando te encontro dentro de mim. e penso que teu silêncio é papel-seda que guarda diamantes. puxo a gaveta de memórias nebulosas. apalpo o fundo e o aroma de um incensário de flores recende às minhas narinas. então sorrio porque de tudo fica o perfume da flor. levanto os olhos e pela janela avisto a lamparina acesa do teu olhar na noite do meu sangue.