Telhado de vidro

Compromisso subtendido;
Temperando
Com jogo de palavras.

Nem mesmo eu sei o que sou
Talvez a ignorância
E a vivência do meu pai
A fragilidade na fortaleza
Sabia da minha mãe,
Uma rosa munida de espinhos
Um cactos no sertão
Uma estrela que possa ver
Pelo telhado de vidro
Em noites de verão.

Ainda não entendi o que vim
Fazer aqui neste mundo
De nuvens escuras e explosão.

Muito menos com a partida
Me preocupo...
Já que não tenho respostas
Pra tudo;
O mesmo que perguntar
Por que o sol, a lua
E as estações do ano
São iguais
em diferentes instantes.

Me faz pensar
Que não sou a mesma de ontem
Como eles
Igual
E diferente no presente.


Sei que tenho sentimentos
Horas admiro e acho bonito
Uma sensação nítida do meu
Finito;

Partícula do ar
Mar
Terra
Sofrendo modificações pelo tempo;
E outras sendo agraciada
Pelo que não vejo;
Mas sinto na pele
Assim, como o vento.
isis inanna
Enviado por isis inanna em 03/09/2017
Reeditado em 04/09/2017
Código do texto: T6103658
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