Vozes
Quantas vozes estão cravadas dentro de nós. Não no cérebro; no coração!
E se mais tarde, bem mais tarde, aprendemos algo novo, a novidade é calar o coração. E as vozes, todas em vão.
Não temos tempo de memorizar, nem de avaliar, nem se quer de sentir. O toque embala, o cheiro exala, a boca fala. Fala do antigo, do novo, do extinto e do engodo. E fim. Tudo acaba. E eu brava, zangada por ter desperdiçado tanto tempo cravando vozes que não diziam, absolutamente NADA!