Empoeirados de verdades e mentiras.
Sensíveis que somos das dores do peito, vamos jogando a poeira para debaixo do tapete. As dores, essas dores que não admitidos expressar, muito menos sentir.
Sentir que já se foi, sentir que arrombam a porta e saem sem aviso. Sentir que fez sentido por um minuto que fosse e agora apenas dói.
Dolorosas lembranças!
Amorosas lembranças!
Ainda lembro-me toda vez que estou diante do espelho pintando os meu lindos cílios. Malditos cílios lindos!
Ainda lembro-me toda vez que ouço aquela maldita música triste ( e eu adoro ouvi-la). Todas as frases fazem perfeito sentido agora. Era como um presságio me avisando da dor.
Minha vida mudaria para sempre naquela manhã, essas eram as notícias. Com os braços bem abertos já dizia nossa música. Te envolvi no meu universo confuso e atraente. Ainda posso ouvir tua voz sussurrar aquelas juras de amor baratas que pareciam tão eternas.
Eu inventei a verdade dos teus olhos?
Vamos jogar algumas verdades em baixo do tapete também. Que validade elas têm em meio ao caos?
É tudo caos aqui. Eu, você e as verdades que inventamos.
Nossos ombros estão tão carregados de mentiras, não precisamos dessas tais verdades, vamos joga-las para debaixo do tapete.
Nossos olhos não precisam mais se cruzar, nossas bocas não precisam mais sentir o gosto doce de mentiras amargas. Dessas amargas lembranças que nos acompanham. Deixamos a poeira em baixo do tapete, e em qual deles está a verdade que tanto precisamos?