MAGIA, ENCANTAMENTO E SEDUÇÃO.
Imaruí, SC 13 de agosto de 2007
Amada e querida Glauci,
Minha querida e amada senhora, eu não sei o quanto e até quando, o meu coração pode suportar esse teu amor que me é demasiadamente dedicado.
Confesso-te que esse amor que se atracou em nós, é um evento sutil e muito querido, e que nos veio bordado através daquela janela perdida no mundo, com muita magia, encantamento e sedução.
Muita magia sim, porque são os teus olhos de mel que detêm esse grande amor, e que está estabelecido nas profundezas e nos mistérios dos teus olhares.
O encantamento, eu sinto e vejo quando os teus lábios exprimem, por assim dizer, o contentamento da tua alma jubilosa, por saber que nos amamos sem fronteiras.
Ah! A sedução, essa é a arma que tu bem sabes brandir; é uma espada de gozos e prazeres que, quando ao ver o teu corpo macio e tentador, eu me submeto prostrado e atracado nesse corpo, que se transformou mansamente no meu indizível porto de carícias.
O que mais desejo na vida?
Confesso que somente a ti eu desejo!
Minha linda senhora muito amada, atrevo-me a dizer-te que foste milagrosamente impactada a mim, de tal maneira que, descobri que já não mais me pertenço.
E assim, eu me transformei na tua “mandala” sagrada, para que assim, eu me fizesse jus a ti, pois agora me lembrei que eu já havia te transformado na minha real basílica de amor.
Agora, o que nos resta minha senhora amada?
Evidentemente que sorveremos todos os prazeres dessa madura idade, pois já estamos bronzeados com aqueles entretons do crepúsculo.
E assim, minha linda senhora amada, nos envolveremos de corpo e alma e, carinhosamente, através dos nossos teimosos beijos, picotaremos silenciosamente a passagem do tempo que ainda possamos desfrutar, até que, na gare estacione o trem que nos levará silente para as infinitas planícies interplanetárias. (??!!)
Somos a própria hierofania do amor, pois na verdade, nos consagramos assim como se consagram os templos religiosos e filosóficos, porque deixamos que fosse entronizado em nossas almas, esse louco e indizível sentimento que nos sustenta.
Eu estou em ti e tu estás em mim, somos uma dualidade a caminho de uma santa trindade, pois o amor que o infinito costurou em nossos corações, é a presença do inominável Divino que se impregnou em nós.
Por tudo isso e por muito mais, eu já me creio estar contigo, ocasião em que, nos aconchegaremos um ao outro, perdidamente perdidos em nossos próprios olhos, e, santamente embriagados com os nossos sufocantes e intermináveis beijos, até a sedução final a mais prazerosa possível.
De tantas luas foram para mim os teus beijos, que hoje, já não poderia mais suportar um eclipse dos teus lindos olhos de mel.
Essas infinitas moedas de mel, aliás, doces moedas que acabaram por me conquistar num verão, num novembro cheio de promessas, sonhos, saudades e beijos.
Je ne me sens pas plus perdu!