Ricardito,
Tua história me emocionou tanto. Talvez porque eu veja traços semelhantes da tua alma na minha. Ou, quem sabe, porque assim como você, procurei o amor onde ele menos brotaria com facilidade.
Também somos diferentes: você se entregou de uma tal forma que me fez parecer ainda mais covarde. Sim. É preciso uma coragem desmedida pra se colocar tão vulnerável nas mãos de alguém. Não sei se o admiro ainda mais ou se corro pra sacudir teus ombros: acorda! Ou os dois.
Não sei o que te diria, além de tudo aquilo que você deve estar cansado de saber: amar assim pode ser a tua ruína (cafona, eu sei, mas as coisas são como são). Se a alegria de tua alma e de teu corpo depende de quem odeia a segurança, teus dias serão sempre imprevisíveis. É o preço que se paga por se desviar do tal caminho tranquilo.
Você escolheu trilhar a estrada tortuosa. E o fez com verdade. E tudo, tudo, tudo que viveu até aqui teve a marca daqueles que ousam ser o que são, sem mentiras, sem disfarces, sem hipocrisias. Como pode ser difícil ser simplesmente o que se é... Mas existe outra forma de encontrar alguma felicidade?
Talvez o que eu devesse te dizer é que siga teu caminho singular sem culpa e sem medo. E se entregue a tudo aquilo que seja legitimamente teu. É disto que se vive.
(*) "Ricardito" é o apelido do personagem do livro "Travessuras da Menina Má", de Mario Vargas Llosa.
Tua história me emocionou tanto. Talvez porque eu veja traços semelhantes da tua alma na minha. Ou, quem sabe, porque assim como você, procurei o amor onde ele menos brotaria com facilidade.
Também somos diferentes: você se entregou de uma tal forma que me fez parecer ainda mais covarde. Sim. É preciso uma coragem desmedida pra se colocar tão vulnerável nas mãos de alguém. Não sei se o admiro ainda mais ou se corro pra sacudir teus ombros: acorda! Ou os dois.
Não sei o que te diria, além de tudo aquilo que você deve estar cansado de saber: amar assim pode ser a tua ruína (cafona, eu sei, mas as coisas são como são). Se a alegria de tua alma e de teu corpo depende de quem odeia a segurança, teus dias serão sempre imprevisíveis. É o preço que se paga por se desviar do tal caminho tranquilo.
Você escolheu trilhar a estrada tortuosa. E o fez com verdade. E tudo, tudo, tudo que viveu até aqui teve a marca daqueles que ousam ser o que são, sem mentiras, sem disfarces, sem hipocrisias. Como pode ser difícil ser simplesmente o que se é... Mas existe outra forma de encontrar alguma felicidade?
Talvez o que eu devesse te dizer é que siga teu caminho singular sem culpa e sem medo. E se entregue a tudo aquilo que seja legitimamente teu. É disto que se vive.
(*) "Ricardito" é o apelido do personagem do livro "Travessuras da Menina Má", de Mario Vargas Llosa.
(*) IMAGEM: Google