Para minha preta

Preta. Para ser sincero, nada nunca foi fácil quando se tratava de nós dois. Tanto que o tempo que passamos juntos é bem menor do que o tempo que passamos separados, mas ainda assim pensando um no outro. É engraçado e talvez um pouco trágico.

Certa vez eu disse que nos éramos duas almas karmicamente entrelaçadas. Acho que isso resume tudo.

Eu nunca quis ser um problema para você, mas de uma forma ou de outra eu termino sendo. Mesmo que você goste da sensação, da dúvida... mesmo que você goste de lembrar da nossa história e tenha a guardado num lugar especial dentro de você.

Como eu disse antes, sempre há uma pedra no caminho.

Sempre há as rotas alternativas, mais fáceis e serenas. Algumas vezes eu as tomei, outras vezes foi você. Mas eu me acostumei com minhas pedras... me acostumei a pular sobre elas, sempre que eu vejo que o resto do caminho vale o esforço.

Mas quando foi que eu vali o mesmo esforço para você, minha preta?

Isso deve significar alguma coisa no fim das contas.

Não perca muito tempo pensando nisso enquanto segue o caminho que você escolheu.

Acho que devíamos parar de olhar para trás e deixar o Karma seguir pra onde ele quiser.

Apesar dos pesares, nossa história foi o conto mais lindo que eu já escrevi, mesmo que eu não tenha usado palavras para isso.

Escrevi um pedaço de mim em você, e tenha certeza que você fez o mesmo,

em mim.

Até um dia.

Preto.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 13/06/2017
Código do texto: T6026408
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