Prefiro não ouvir nada que me aguce a sua lembrança, muito menos escutar sobre o seu infortúnio vivido em solidão a dois!
Quanto mais me exaspera esta preferência mais me impacienta o peito com a imaginação de ter experimentado tão pouco a minha entrega!
Continuarei preferindo não saber sobre o seu riso mascarando a tristeza, sobre a sua soberba e sobre o seu pranto nas raras vezes que consegue ser a sua própria companhia!
Prefiro assim!...
Sei que os meus motivos
acentuam assentindo a minha desdita,
mas não posso reviver a
solidão vivida na sua presença e nem viver no limite da minha entrega tentado fazer você se entregar ao meu mais puro amor!
Prefiro,
por pura falta de opção,
tentar esquecer seu rosto que tanto me
emociona nestas noites silenciosas e vazias,
nos dias de risos e alegrias,
no fim de um pesadelo quando o
seu colo era a pluma mais esperada!
Prefiro que você ouça esta minha entrega e
volte nem que seja por um instante...
e neste momento vou parar o tempo para não
lastimar em preferências que tanto incomodam o meu coração!
©Balsa Melo (Poeta da Solidão)
15.04.06
Cabedelo - PB
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