Não vou me levar de arrasto com as suas palavras arrazoando sua farsa!
Nem tampouco despir meu medo e, de repente, em face de nossa história me esquecer de tantos ferimentos que causou à minha alma!
Não vou pensar apenas num momento que pudesse suprir minha ânsia sonhada e fingir que nada acontece ferindo os meus olhos com o infindável abano da sua mão forçando o meu lamento!
Não me permito mais viver por migalhas e com farelos de sentimentos!...
Posso até me engasgar com o todo, mas prefiro morrer com ele do que viver por ele sem experimentar o seu gosto!
Não vou mais esfregar os olhos para esconder o meu pranto!
Pranteio neste infindável pedaço de tempo, mas saiba que cada gota que desce ferindo a minha face deixará sua marca para que eu me lembre sempre do grande mal que você fez para o meu ser!...
Como tudo na vida passa, terei uma enorme dificuldade para me lembrar que você foi alguma coisa em minha vida!
©Balsa Melo (Poeta da Solidão)
01.04.06
Cabedelo - PB
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