Carta e poesia a Nilson Matos Pereira,sobre sua poesia parodiando "Águas de março"

Em 20 de dezembro de 2004,escrevi esta carta e uma poesia ao Nilson(*),respondendo à sua instigante paródia de Águas de Março:

Nilson:vivo te elogiando, mas saiba que das centenas de autores que leio na Internet, só elogio os que me tocam...

Essa paródia é perfeita, menino.Eu acabara de fazer algo muito satisfatório (sem falsa modéstia, pois não sou de vaidades, apenas de alegrias!),pelo menos para mim, na Ciranda Saudade e quando estava relendo pluft, desapareceu.

Meu Yahoo hoje amanheceu tresloucado, mudando as configurações, o diabo.

E eu, que ultimamente, tenho tido o cuidado de escrever no rascunho, dessa feita, na tentativa de economizar meu curtíssimo tempo, fiz direto.

Sifu, cadê minha poesia?Perdi a vontade de reescrever, pois nunca sairá igual.Talvez mais tarde, talvez amanhã, sairá outra poesia...

Mas você, parodiando Águas de março, é realmente "bótimo", como diz.

Abrs:

Clevane

12:29, Belô:não é que escureceu rapidamente e o tempo voltou a ser choroso? Pios nas árvores, os passaritos estão famintos, mal haviam começado a bicação!

Mistério

Clevane

Para onde se vão

os escritos perdidos

nesse universo cibernético?

Será que um batalhão de anjinhos

garis de palavras perdidas,

a recolhê-las?

Será que caçadores de antiguidades

(saiu do hoje, já é passado, saiu do agora,

já é antigo...)

as recolhem no nimbo

de outras dimensões

e por elas cobram fortunas

de gotas d'água ao sol,

para que os arco-íris

não se acabem jamais?

Será que os escribas

já em outra dimensão

lêem, corrigem

aprovam,declamam,

repassam,

fazem pastas de nuvens

e arquivam?

Quem souber,

conte aos poetas,

conte-me que lhes repasso...

Mas...para onde foi o poema

feito ainda agora

e que fugiu para o espaço?

(Clevane Pessoa de araújo,12:39, Belo Horizonte, MG, 20/12/2004)

Nilson Matos Pereira wrote:

Procura-se Autor/a!

É pau

É vírus

É o fim do programa

É um erro fatal

O começo do drama.

É o turbo Pascal

Diz que falta um login

Não me mostra onde é

E já trava no fim.

É dois, é três, é um 486

É comando ilegal

Essa merda bloqueia

É um erro e trava

É um disco mordido

HD estragado

Ai meu Deus tô fudido

São as barras de espaço

Exibindo um borrão

É a promessa de vídeo

Escondendo um trojan

É o computador

Me fazendo de otário

Não compila o programa

Salva só o comentário.

É ping, é pong

O meu micro me chuta

O scan não retira

O vírus filho da puta

O Windows não entra

E nem volta pro DOS

Não funciona o reset

Me detona a voz

É abort, é retray

Disco mal formatado

PCTools não resolve

Norton trava o teclado

É impressora sem tinta

Engolindo o papel

Meu trabalho de dias

Foi cuspido pro céu .

(*)O poeta,Nilson Matos Pereira,acaba de partir para outra dimensão,no Dia da Criança(12/10/2005).

Leia em Meu Diário(Blog),as homenagens que poetas do Brasil e outros países estão lhe fazendo:

kttp://www.clevanepessoa.net/blog.php