Faleceu o “último moycano” da Pseudo Revolução dos Cravos!
O recente falecimento do Escritor, Jornalista Baptista Bastos - intitulado por alguém dos meus Grupos como sendo o "último moycano" me levou a rever o livro do Escritor Honoré Du Balzac - Autor original de um "Título" idêntico na ideologia da palavra original sendo "Le Dernier Chouan" mais tarde levado para o cinema como apenas "Les Chouans" com tradução para o Português " A BRETANHA EM 1799" alusivo ao período Pós Revolução Francesa.
O agora saudoso BB com quem cheguei a trocar alguns e-mails, era sim talvez dos últimos baluartes da literatura Lusitana do Pós Abril tendenciosamente, exageradamente, esquerdista (de carteirinha, como se diz no Brasil) todavia, o agora o Senhor Presidente da Répùblica Ex Critico Literário televisivo apenas o classificou como "oposicionista permanente"!...
Entretanto e porque ninguém me pediu opinião eu vos trago apenas um "pensamento" deste "Ultimo Moycano" que eu captei já há alguns anos atrás e que é bem mais realista sobre aquilo que o BB pensava sob o regime actual de há 40 anos pra cá!...
52. O regabofe começou no mesmo dia em que o 25 de Abril encerrou portas e janelas. Quarenta anos depois do que foi a grande promessa, apenas resta a rabugice de quem envelheceu. ( Baptista Bastos)
Por outras palavras: o regabofe da política Lusitana instalado em 25 de Abril de 1974, mais tarde corrigido pelo 25 de Novembro de 1975, nada mais é do que aquilo que eu costumo parodiar há muitos anos: " A politica Lusitana dos nossos dias é um rio de mentiras, que desaguam em pleno Terreiro do Paço à luz do dia, mas engembradas na calada da noite pelos “senhores” da falcatrua financeira, da falsa promessa de desenvolvimento social e colectivo, da fácil propaganda da “banha da cobra” cuja origem nem os fundadores da “Feira da Ladra Alfacinha” nos conseguem explicar"... ou seja: em Portugal somos todos Democratas mas... quem manda aqui sou eu!... é mole ou quer ke splike???
O discurso político que se instalou no “Poleiro Alfacinha” depois do 25 de Novembro de 1975,  passou a ter a máscara de Liberdade “condicional”  em vez da verdadeira cara da Descolonização Vergonhosa levada a efeito por políticos disfarçados de Militares e Vice-Versa.
O POVO do Portugal Ibérico e Insular foi massivamente massacrado com a ideia de que todos os problemas eram resultantes dos RETORNADOS e a pouco e pouco rejeitou toda uma classe social abandonada a sua sorte em Terras do Ultramar!... e quando os Retornados misturados com Refugiados de toda a sorte se chegavam a Portugal eram logo recambiados com incentivos que os levavam directamente a uma outra direcção… a tão odiada Emigração.
E se antes do 25 de Abril se Emigrava ilegalmente, a partir de então a mão de obra fugiu toda para o Estrangeiro em busca de melhores dias porque o discurso falava bem alto e sonante!
“Em Portugal temos uma Democracia plena!... há Liberdade a rodos e a granel. Somos todos iguais, mas… há sempre um “mas” … quem manda aqui sou eu! … gritavam os eleitos para a mesa do Rey… e POVO… ah sim o POVO… batia palmas e cantava; ir os do maaaaar, na são balenti… iiiii… mortal.
Passámos a ser todos mortais. De preferência longe das origens para não cheirar mal.     
(Silvino Potêncio – Emigrante Transmontano em Natal/Brasil)
 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 11/05/2017
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