Olá Nicolas
Estive na Colômbia recentemente. Na andina capital Bogotá e nas cidades caribenhas de Santa Marta e Cartagena. Coloquei um mar de fotografias nas redes sociais.
A Colômbia Andina faz calor de dia e frio de noite devido a amplitude térmica causada pela altitude. Bogotá tem muito museu (Ouro, Botero e Nacional) e muita gastronomia (Ajiaco, Cocada, Empanada de carne frita, Arepa com quezo, Guacamole, Patacones, Obleas Rellenas, Carne de Chiguiro, Salada de Frutas, Suco de Lulo e “otras cositas
más”).
Em terras andinas subi até Monserate, onde se pode ter uma visão panorâmica de Bogotá e estive na simpática cidade de Zipaquirá e na sua famosa catedral de sal. Tentei visitar a Laguna do cacique Guatavita, mas ela estava fechada por conta dos incêndios que ocorreram nas suas proximidades.
Visitei o ecossistema dos páramos, próximo a cidade de Usme. O Páramo é um ecossistema com espécies vegetais arbustivas sendo um manancial hídrico importante. Do alto de uma montanha é possível ver até 12 lagoas ao mesmo tempo. O Páramo é um ecossistema tomado por “frajillones”, uma espécie de planta endêmica do local. O fogo é a principal ameaça ao ecossistema do páramo.
A Colômbia caribenha é mais alegre, quente e pobre. O som da salsa rola frequentemente nas ruas. No Caribe colombiano a informalidade econômica é maior que nos Andes colombianos. Os pescadores do caribe colombiano vivem em condições precárias e miseráveis e sem nenhuma política pública por parte do governo. Para se ter uma ideia da informalidade no caribe colombiano há mais camelôs que turistas nas suas praias.
Gostei mais de Santa Marta devido ao seu clima mais ameno formado pela mistura harmônica entre a brisa e o sol. Taganga é uma praia onde vivem em harmonia turistas bem de vida e pescadores em condições precárias e miseráveis.
No Parque de Tayrona conheci um português lisboeta que conversou muito comigo sobre geopolítica, meio ambiente e literatura. Um “portuga’ muito gente boa. Falei dos livros “Os maias”, “ O crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio”. Falei da minissérie “Os maias” e ele me disse que fez muito sucesso em Portugal. Lá também vi de perto um jacaré de 3,5 metros de comprimento tomando seu sol na beira do rio.
Buritaca é um lugar que forma um delta, região de encontro entre as águas do rio e do mar. Nadei no rio e apenas fui até os joelhos no mar porque a maré é forte, a correnteza puxa muito. O rio Guachaca de água cristalina é um bom lugar para nadar.
Na estrada entre Santa Marta e Cartagena está Barranquila, o principal porto da Colômbia, e também vilarejos pobres de pescadores sem coleta de lixo e saneamento básico. Cartagena é uma cidade histórica e mais quente que Santa Marta. Ali destaca-se a cidade murada; o monumento Índia Catalina, o Castelo de San Felipe, a Casa de Gabriel Garcia Marques, escritor colombiano prêmio nobel de literatura; o Parque Centenário e o Centro de Convenções. A noite as prostitutas tomam conta da cidade murada. Na ilha do Rosário, o azul do mar do caribe se destaca mais do que a própria ilha, suja e cheia de turista.
O colombiano é um povo ao mesmo tempo oprimido pela dura vida que leva e alegre com sua salsa, café e as belezas naturais do Caribe, Andes, Pacífico, da floresta Amazônica e da planície do rio Orinoco.
Um taxista me disse que Uribe era um político de esquerda e que o governo não deve negociar com as FARC, o governo deve matar seus “guerrilheiros subversivos”. Mentiroso. A mídia mente falando bem da Colômbia nos programas diários de televisão, mas na verdade o que se vê a olho nu é indigência, informalidade, pobreza e um povo ao mesmo tempo alegre e oprimido.
A elite colombiana é patrimonialista, racista, hipócrita, perversa e reacionária como a brasileira. Os triguenõs e os afrocolombianos são os grupos sociais mais oprimidos. O café e a cocaína são seus produtos econômicos principais. A cocaína é vendida principalmente para os EUA. Os conflitos entre a guerrilha de esquerda e os paramilitares de direita continuam com uma intensidade bem menor que no passado.
O Equador é o único país hispânico da América do Sul que ainda não conheço. Viajei pela América Latina porque me sinto latino-americano. Existe uma civilização latino-americana do México até a Terra do Fogo, na Argentina. O filme “Diários de motocicleta” contando a história da viagem de Alberto Granado e Che Guevara a América Latina me inspirou a viajar pela América Latina deixando a Europa um pouco de lado. Não quero mais viajar. A partir de agora quero escrever sobre as viagens que fiz. Um abraço do Brasil até a França para você.
Estive na Colômbia recentemente. Na andina capital Bogotá e nas cidades caribenhas de Santa Marta e Cartagena. Coloquei um mar de fotografias nas redes sociais.
A Colômbia Andina faz calor de dia e frio de noite devido a amplitude térmica causada pela altitude. Bogotá tem muito museu (Ouro, Botero e Nacional) e muita gastronomia (Ajiaco, Cocada, Empanada de carne frita, Arepa com quezo, Guacamole, Patacones, Obleas Rellenas, Carne de Chiguiro, Salada de Frutas, Suco de Lulo e “otras cositas
más”).
Em terras andinas subi até Monserate, onde se pode ter uma visão panorâmica de Bogotá e estive na simpática cidade de Zipaquirá e na sua famosa catedral de sal. Tentei visitar a Laguna do cacique Guatavita, mas ela estava fechada por conta dos incêndios que ocorreram nas suas proximidades.
Visitei o ecossistema dos páramos, próximo a cidade de Usme. O Páramo é um ecossistema com espécies vegetais arbustivas sendo um manancial hídrico importante. Do alto de uma montanha é possível ver até 12 lagoas ao mesmo tempo. O Páramo é um ecossistema tomado por “frajillones”, uma espécie de planta endêmica do local. O fogo é a principal ameaça ao ecossistema do páramo.
A Colômbia caribenha é mais alegre, quente e pobre. O som da salsa rola frequentemente nas ruas. No Caribe colombiano a informalidade econômica é maior que nos Andes colombianos. Os pescadores do caribe colombiano vivem em condições precárias e miseráveis e sem nenhuma política pública por parte do governo. Para se ter uma ideia da informalidade no caribe colombiano há mais camelôs que turistas nas suas praias.
Gostei mais de Santa Marta devido ao seu clima mais ameno formado pela mistura harmônica entre a brisa e o sol. Taganga é uma praia onde vivem em harmonia turistas bem de vida e pescadores em condições precárias e miseráveis.
No Parque de Tayrona conheci um português lisboeta que conversou muito comigo sobre geopolítica, meio ambiente e literatura. Um “portuga’ muito gente boa. Falei dos livros “Os maias”, “ O crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio”. Falei da minissérie “Os maias” e ele me disse que fez muito sucesso em Portugal. Lá também vi de perto um jacaré de 3,5 metros de comprimento tomando seu sol na beira do rio.
Buritaca é um lugar que forma um delta, região de encontro entre as águas do rio e do mar. Nadei no rio e apenas fui até os joelhos no mar porque a maré é forte, a correnteza puxa muito. O rio Guachaca de água cristalina é um bom lugar para nadar.
Na estrada entre Santa Marta e Cartagena está Barranquila, o principal porto da Colômbia, e também vilarejos pobres de pescadores sem coleta de lixo e saneamento básico. Cartagena é uma cidade histórica e mais quente que Santa Marta. Ali destaca-se a cidade murada; o monumento Índia Catalina, o Castelo de San Felipe, a Casa de Gabriel Garcia Marques, escritor colombiano prêmio nobel de literatura; o Parque Centenário e o Centro de Convenções. A noite as prostitutas tomam conta da cidade murada. Na ilha do Rosário, o azul do mar do caribe se destaca mais do que a própria ilha, suja e cheia de turista.
O colombiano é um povo ao mesmo tempo oprimido pela dura vida que leva e alegre com sua salsa, café e as belezas naturais do Caribe, Andes, Pacífico, da floresta Amazônica e da planície do rio Orinoco.
Um taxista me disse que Uribe era um político de esquerda e que o governo não deve negociar com as FARC, o governo deve matar seus “guerrilheiros subversivos”. Mentiroso. A mídia mente falando bem da Colômbia nos programas diários de televisão, mas na verdade o que se vê a olho nu é indigência, informalidade, pobreza e um povo ao mesmo tempo alegre e oprimido.
A elite colombiana é patrimonialista, racista, hipócrita, perversa e reacionária como a brasileira. Os triguenõs e os afrocolombianos são os grupos sociais mais oprimidos. O café e a cocaína são seus produtos econômicos principais. A cocaína é vendida principalmente para os EUA. Os conflitos entre a guerrilha de esquerda e os paramilitares de direita continuam com uma intensidade bem menor que no passado.
O Equador é o único país hispânico da América do Sul que ainda não conheço. Viajei pela América Latina porque me sinto latino-americano. Existe uma civilização latino-americana do México até a Terra do Fogo, na Argentina. O filme “Diários de motocicleta” contando a história da viagem de Alberto Granado e Che Guevara a América Latina me inspirou a viajar pela América Latina deixando a Europa um pouco de lado. Não quero mais viajar. A partir de agora quero escrever sobre as viagens que fiz. Um abraço do Brasil até a França para você.