Súplica

E de repente o silêncio triste depois de gemidos de sofrimento contínuo pela madrugada a dentro, é meu pranto

Solidão nos isola do resto da multidão, um olhar distante e nítido é jogado ao ar, mas na diração certa

Mergulhado novamente nos seus negros olhos, eu os desejo como a um tesouro que jamais se poderia encontrar

Palavras atiradas como pedras, machucam a minha alma e corroem o meu coração

Seria a minha alma, suficiente e capaz de te trazer a esse lugar de onde você sumiu já tem algum tempo?

Talvez, mas você não se importa se quando mergulho nas águas escuras dos seus olhos, vou voltar a tona

Não deixe que eu te esqueça,e como pó dissolva nesse rio de lágrimas tudo o que vivemos juntos

Não deixe que a saudade me faça amadurecer sem você do meu lado

Parece uma súplica, ter que te pedir perdão, mas que seja se você me perdoar

O pensar e o saber já não são tão importantes assim, eu penso em você, em nós, e sei que que também pensas em mim

A lágrima escorrega devagar sobre meu rosto, agora pálido, noite fria e longa, prefiro me afogar nos seus olhos a sentir o peso dessas palavras em mim

Minhas mãos se esquecem que te tocaram e esfriam, sólitarias escrevem sem a minha ajuda e novamente, agora mais que nunca, suplicam o seu perdão

Súplica de um perdão que já foi concedido, sem que se tenha dado conta disso;

Preciso pensar em nós dois, preciso pensar no que fazer, preciso saber no que devo pensar...

O que tiver que ser, será...

Nathalya Etchebehere
Enviado por Nathalya Etchebehere em 08/08/2007
Código do texto: T598020
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