O ÚNICO NÁUFRAGO

A cidade de quinhentos mil habitantes tornou-se pequenina para nós does. O destino de vez e sempre brinca em nos pregar peças, nos colocando frente a frente como efeitos sonoros...

Mas das dezenas e milhares de vezes que nos deparamos, ontem! senti muita vergonha de você, vergonha no que me transformei ou melhor no que você me obrigou a tornar-me, Uma pessoa sem vida, sem sonhos. Hoje procuro a vaidade existente que um dia fez morada em meu ser, onde estão as ondulações dos meus cabelos loiros, o batom vermelho, o rímel realçando o azul dos meus olhos?

Acordo pensando em como voltar a ser EU, porque hoje em dia, só acordo pensado em voltar para cama, vivendo por viver, vivendo cada dia sem destino ou qualquer futuro!

Ouvi sempre do meu velho e querido Pai dizer ”filha, as frustrações, as lamentações, traições como também as decepções são inevitáveis para o homem, porém o sofrimento é opcional!

- Eu deveria tê-lo ouvido mais...

Caminho em sentido ao vento...

Ao sobro da neblina do mar,

Em meio à tempestade em que me encontro.

Sou a única sobrevivente do naufrágio do jogo da minha vida!

Ana Cunha
Enviado por Ana Cunha em 21/04/2017
Reeditado em 22/05/2017
Código do texto: T5977512
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