A ORIGEM E O FIM DO MEU EU

No começo de minha existência jamais acharia que um dia terminaria assim, cheio de longos e complexos defeitos, de um ego incompreensivelmente gigante, a ponto de criar uma crosta e qualquer tipo de sentimento espontaneamente, todos eram expostos somente após algo drástico ou muito traumático, o que me fez ser rude em relação a mim mesmo, um dia eu achei que tinha encontrado o verdadeiro amor, porque algo em mim realmente mudará, porém, como em qualquer situação realmente saudável numa mente humana entro constantemente em colapso, acabei de ler um livro ao qual ele me dizia: "...Eu sempre tento me diminuir pra que a minha parceira aumente, sempre quis ser menor que ela..." Lindas palavras, confesso que fiquei tocado, mas qual o custo disso em mim? Em minha alto estima, em relação a pessoa que está ao meu lado e com a qual um dia imaginei passar o resto da minha vida, acreditando que ela era o amor da minha , tenho notado nela atitudes psicóticas e homicidas, perca de controle, necessidade de se fazer maior e melhor do que eu em qualquer discussão, mesmo a discussão sendo a melhora e educação de sua própria filha, será que estou errado? Será que devo permanecer omisso e submisso, para valer a frase, eu sou maior sendo menor, será que devo constantemente massagear o ego dela para cessar uma briga ou uma discussão, diminuindo a minha alto-estima, eu me pergunto sempre, o que devemos ceder para manter um relacionamento duradouro? Devemos apagar o nosso eu pra que eu alguém possa ir me completando, me fazendo perder a minha identidade, ou procuro novamente aquela crosta que um dia me protegeu? A origem eu sei como foi, mas o fim ainda é inóspito pra mim!