Uma Carta Qualquer....
Eis o amor da minha vida, aproveita cada relâmpago para desaparecer, feito o vampiro do meu primeiro livro. Ela some, ela sente toda a dor que fez ela sumir, ela se corrói por dentro, ela diz pra si mesmo o quanto está infeliz, o quanto não se entende. E ela se perde no próprio mundo, dá voltas e mais voltas em si mesmo. E nessa volta ela não olha a sua volta, seu caminho nunca sai da rota, ultrapassa tudo e todos, passa por cima de qualquer compromisso com o esclarecer do significado de seus movimentos. Eu sinto esta dor, eu sinto. Ver tudo de longe feito um filme que não se tem controle remoto é um mal terrível pelo qual tenho passado. Você está triste? Você está feliz? O que você quer? Já decidiu algo na sua vida? Não precisa responder tudo. Nem de forma direta. Eu só queria que você me dissesse que não iria dizer. Só queria que você me avisasse antes, desse um toque, olhasse para mim como alguém que também sente algo e pensasse nisso o suficiente para avisar. Eu sei que dói. Eu sei que você sente. Eu sei o que é ser vazio e confuso. Mas eu sou movido de desejos. Se você quiser eu me controlo, vou com calma, pergunto tudo sobre seu dia, olho para ti 24 horas por dia. Mas te deixo em paz quando quiser. Mas não te encho o saco com o que não quer falar. Não fico em cima de ti tendo crises de ciúmes e nem te obrigando a fazer nada que não queira. Eu sou tranquilo. Eu sou de boas. Se acalme, vamos a penas conversar, nada além que conversar. O amor só vem depois que decidirmos se vamos querer amar. Mas quer saber de uma coisa? Nada precisa ser decidido. Só vamos conversar.