A minha rosa murcha...

Voa voa a liberdade... para onde me levará?

Neste momento em que queria estar presa à um abraço, no cárcere de um beijo, perdida na imensidão de um sorriso, aprisionada por um coração...

Voa voa a liberdade... para onde te levou?

Para as profundesas de outro olhar, para as alegrias de outras palavras, para as curvas de outro corpo, para os esconderijos de outros cabelos...

Voa voa a liberdade... tão alheia à minha vontade.

Vai, qual vento me levando sem destino, fazendo o outonar desta minha vida, onde as folhas vão caindo lentamente, amarelas e murchas, murcham também as rosas pelos campos, mas eis, q aprendi a gostar de rosas murchas, cujas marcas são de vivência tanta, como as rugas, q demonstram sabedoria, assim... vou eu, neste outono, atrás de minha rosa murcha, e que melhor estação para encontrá-la que este triste outonar...

Sobre rosa murcha, tenho q dizer, da valia de assim a encontrar, tem sua beleza, embora não sendo a convencional, e já não mais precisaremos vê-la, inevitavelmente murchar, podemos, pois, admiriar sua beleza essencia...onde estará a rosa murcha deste coração, que em seu caminho encontrou a obssessão, a paixão, e ambas o fizeram chorar... onde, onde estará?

Voa voa a liberdade... preciso eu também voar.

Ensina, ó liberdade minha, o caminho do céu para o coração meu... Ensina a se desapegar das dores, a viver de alegrias, a ser, tão somente, livre, como você...

Ensina a se desprender do ninho, a abrir as asas e mesmo q caindo, aprender a voar, pois os tombos são necessários para se fortalecer...

Ensina, ó liberdade minha, o caminho que me leva até um certo ser... que amo... que me ama... a minha rosa murcha, murcha rosa de prazer...

Deise Caroline Nunes
Enviado por Deise Caroline Nunes em 07/08/2007
Código do texto: T596397
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