Palavras ao mar!
Venho andando pelas rua e vejo o que por vezes as coisas importantes do dia-a-dia não me permite vislumbrar a beleza da vida e o quanto estamos perdendo e ganhando a cada segundo;
Fico relembrando o tempo que venho trabalhando e o quanto consegui conquistar nesses meu trinta anos. Percebo que não foi bens materiais a riqueza que fui buscar...
Hoje me pego resmungando por não ter conseguido comprar uma bela casa, um bom carro, fazer viagens inesquecíveis, entre outras coisas; Foi por meio de uma mulher que tanto amei, que comecei a perceber o quanto eu estrava preso nesses valores mundanos e não me permitia a observar outras coisas que estavam acontecendo em minha vida;
Comecei a ver que tudo nesta vida tem seu ciclo e que estamos perdendo coisas a todo instante e que a própria palavra não dá conta de toda nossa realidade.
Foi importante perceber que mesmo não tendo algumas coisas e nesse caso incluo também o amor daquela que a muito se foi, comecei a me desenvolver em outros aspectos da vida.
A paciência não foi uma virtude inata, mas foi conquistada; comecei a desprender de mim mesmo e olhar a minha volta e não obstante, o mundo ganhou outra cor, outro sabor, até um bolero ganhou mais balanço.
O ser humano é cheio de imperfeições e desejos impensados, frutos de ansiedades desconexas, que por sua vez é um poço de desejos recalcados.
Atualmente lidamos com um sistema que se não pensado, seremos engolidos por ele e consequentemente, se não conseguirmos segui-lo, surgir-se-á depressões, panico, fobia, entre outros fruto de nossa mente defensiva.
Fui ter com a orla sulista e olhando para o mar todo o pensamento se esvai como as ondas que vão e se vão sem deixar vestígios...