Felipe
Felipe,
Quanto tempo nós não conversamos? Vejo as tuas fotos e como eram lindas. Tu tinhas o olhar de um garoto querendo voar. Um sorriso tão inocente quanto a tua vida. Uma beleza tão única e pessoal.
Tu sempres fostes a maior das esferas. Como tinhas tanta certeza da tua felicidade. A tua verdade estava contigo o tempo inteiro. Não precisas ter jogado em palavras algo que já era da tua alma. Garoto, o mundo parecia tão novo e bonito. Nunca perdeste a tua intensidade por nada.
Eu sempre foi apaixonado pelo teu jeito e pelos teus traços. Em ti, as coisas eram sinceras, abertas. O maior dos motivos para ser uma pessoa bem e amável.
Com tempo, fostes culpado por amar demais. Fazer demais. Destes ouvidos que não devias. Mesmo assim, foste bravo até o fim naquilo que parecia ser a tua verdade. Te jogaram no chão e, com coração ferido, ainda saistes vivo.
Como conseguiste tamanha façanha?
Bem acordado, aos poucos fostes vendo as almas que rondavam. Tiveste a força para tocar o rumo, mas tu demoraste muito tempo em perder a tal culpa.
No meio dos caminhos, achastes paixões maiores do que imaginas. Talvez tenha perdido uma palavra do teu coração, mas colocaste em outro lugar. Dentro dos mares.
Hoje, eu te reencontro com outros olhos. Feliz, por saber o quanto sempres foste a figura de maior realeza. O leão que tava dentro de si nunca sumiu. Moldou-se.
Antes de ir, quero que lembres: nada do que fizeste foi errado. Aquilo era a tua verdade, a mente aberta. Aos outros, eles nunca entenderão a tua essência. Não os culpo. Apenas acredito que a vida deve ser livre para nossas verdades. Como flores que nascem no chão e dão vida ao mundo. Tu és e sempre serás essa flor.
No cantar do rouxinol, eu estarei te abrançando e dizendo que estamos juntos. Meu coração é teu e podemos voar bem alto. Juntos, nossas jornadas serão intensas, livres e iguais. Posso ser sincero, eu sempre te amei como ninguém. No teu coração, no infinito e no além.
Te amo.
Felipe.