A PASTA AMARELA
Se ela soubesse que após mais de trinta anos tudo se resumiria a uma pasta amarela...
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Ele deitou-se em seu leito conjugal; ela não o acompanhou, preferiu sair para festejar o aniversário de uma grande amiga.
Era uma tarde de quarta-feira de cinzas e tudo que ele queria era dormir tranquilamente e ter belos e leves sonhos, porém o que foi concedido a sua mente foi um terrível pesadelo com uma pasta amarela.
Em sua capa anotações de coordenadas espaciais, localização daquela pasta nos escaninhos de seu proprietário.
No interior daquele objeto repousavam cartas, bilhetes, fotos e cartões do dia dos namorados, de aniversário de ambos, de natal e ano novo.
Nenhum daqueles itens fazia menção a sua pessoa, e sim a sua amada e outro.
Ela providenciou logo que soube de sua condição, a imediata devolução de tudo o que tinha recebido e que era de sua autoria e pediu que ele fizesse o mesmo: que lhe entregasse em suas mãos todas as cartas, bilhetes, fotos e cartões que ela remetera para ele, coisa que nunca se concretizou. Pretendia destruir tudo. Devia tê-lo feito com a sua parte...
Dentro daquela pasta, em seu âmago, toda a estória de um amor que nunca deveria ter acontecido:cartas, bilhetes, fotos e cartões, trocados entre ELE e ELA.
Era apenas mais uma, dentre tantas outras, de A a Z.
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Ele deitou-se em seu leito conjugal; ela não o acompanhou, preferiu sair para festejar o aniversário de uma grande amiga.
Era uma tarde de quarta-feira de cinzas e tudo que ele queria era dormir tranquilamente e ter belos e leves sonhos, porém o que foi concedido a sua mente foi um terrível pesadelo com uma pasta amarela.
Em sua capa anotações de coordenadas espaciais, localização daquela pasta nos escaninhos de seu proprietário.
No interior daquele objeto repousavam cartas, bilhetes, fotos e cartões do dia dos namorados, de aniversário de ambos, de natal e ano novo.
Nenhum daqueles itens fazia menção a sua pessoa, e sim a sua amada e outro.
Ela providenciou logo que soube de sua condição, a imediata devolução de tudo o que tinha recebido e que era de sua autoria e pediu que ele fizesse o mesmo: que lhe entregasse em suas mãos todas as cartas, bilhetes, fotos e cartões que ela remetera para ele, coisa que nunca se concretizou. Pretendia destruir tudo. Devia tê-lo feito com a sua parte...
Dentro daquela pasta, em seu âmago, toda a estória de um amor que nunca deveria ter acontecido:cartas, bilhetes, fotos e cartões, trocados entre ELE e ELA.
Era apenas mais uma, dentre tantas outras, de A a Z.
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Estava no inconsciente coletivo: ELE era uma espécie de caçador, que tinha como esporte a conquista do coração de belas e distraídas jovens, tinha como prazer supremo enganá-las até o último instante, fazê-las de tolas, subtrair toda a sua inocência perante a vida e torná-las tal qual um troféu.
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Subitamente ele acorda e tem a concreta certeza de que seu pedido não fora atendido, pois em vez de sonhos suaves e alegres, um sombrio pesadelo circulou pelo seu cérebro e sinapses, causando-lhe, outra vez, uma imensa decepção e dor.
Nada podia fazer; era passado e estava passado. Pesado ficou o seu semblante e também a sua alma e o seu espírito, se é que ainda os tinha.
Nada podia fazer; era passado e estava passado. Pesado ficou o seu semblante e também a sua alma e o seu espírito, se é que ainda os tinha.
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Aquele indivíduo continuava a sua caçada até os dias de hoje, ninguém para impedí-lo, a seguir em frente em sua missão suja e vil.
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Ele odiava aquele caçador, com todas as suas forças, por todo o mal que havia sido causado a sua amada. Planejava um dia executar uma vingança, que seria implementada em seu nome, no nome de sua amada e em nome de todas as outras inocentes pessoas atingidas por tal bandido.
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Seria isto correto? Talvez não. Deixaria então tudo nas mãos do destino...
Vauxhall
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Seria isto correto? Talvez não. Deixaria então tudo nas mãos do destino...
Vauxhall