Sobre a vida
Rio de Janeiro, 20/01/2017
Caro Eu,
Escrevo-lhe esta carta com um objetivo de tamanha relevância. Esses dias, peguei-me, totalmente, conturbada com questões cotidianas e com a crescente responsabilidade que, por sua vez, bate à porta e, sem nenhuma autorização, invade a minha mente. Ter de fingir bom convívio com os mesmos rostos vistos há 17 anos e que já não se simpatizam; mostrar contentamento, apesar de estar passando por uma situação indesejada e que parece ser eterna; lidar com familiares e amigos que, nem sempre, é tarefa fácil e, ainda, ter que cuidar de mim mesma. Querendo ou não, todo esse "conjunto de requisitos" está, intimamente, ligado à conduta individual.
Mas, e se não consigo mais responder por mim mesma? Se todo essa sobrecarga me sufocar? Ponto ignorado. Logo este. Sem saúde mental, no que nos tornamos? Preciso lhe falar da desconstrução de pensamentos negativos e da não-submissão ao "ter, aparentar, mas não ser". Falo de olhar para você mesma e enxergar o que lhe faz feliz. Siga seu coração, faça do seu modo e no seu tempo. Ninguém lhe conhece mais do que você mesma. Mas, jamais, se esqueça do quão capaz é. Aprimoramento faz parte da jornada, sei que chegará lá. Cuidar de nós mesmos é o caminho e a resposta para uma vida mais feliz.
Com amor,
Mariane.
P.s: Não se esqueça de ser feliz.