Palavras de apoio a um jovem pai assustado
Meu filho, permita-me chama-lo assim, pois tenho idade de ser seu pai e avô de seu filho.
Há uma crise sim, filho. De desemprego; de precarização do trabalho; de perdas de conquistas sociais. Cenas de um filme já visto, num contexto diferente.
Há uma crise ética, também. Na política, nas instituições públicas e privadas. E em muitos de nós, cidadãos, que formam a sociedade. Esse é o país que nos foi dado viver. Mas não se iluda. A crise é, acima de tudo, do modelo de desenvolvimento, ou seja, do capitalismo mundial. Não que não existam países mais civilizados, menos injusto que o nosso. Mas lá, como aqui, o trabalhador honesto também anda assustado. Porque o sistema globalizou-se. Quando uma peça cai, outras vão caindo, num efeito dominó.
Mas que diabos, não estou sendo nada animador. E as palavras que desejo expressar são de ânimo. Mas filho, precisamos compreender o mundo em que vivemos, para modifica-lo. Sem mudança de paradigma viveremos esse eterno ciclo vicioso, essas díades: susto e ousadia; coragem e medo; algaravias e silêncios.
Mantenha acesa a chama da indignação, contra as injustiças sociais e prossiga, acima de tudo com amor à vida. Assim poderá superar obstáculos. Olhe os olhinhos de seu filho. Ele te fortalecerá. Lembre-se de outros pais nesse país em que uma classe dominante só pensa em dominar, egoisticamente as riquezas produzidas por mãos trabalhadoras. Sempre desferindo golpes nos sonhos do povo.
Não posso te oferecer uma receita pronta. Sei que sem luta não se muda nada. Portanto, filho, vá a luta. Mas sem cair na armadilha do sistema. Ele é sedutor. Pensa que o ter é ser. Cria instrumentos, para nos desviar do amor. Insufla ódio, pois o ódio é que sustenta o sistema. Caminhemos, filho, de mãos dadas, solidariamente, com o amor.
Imagem: fe
Meu filho, permita-me chama-lo assim, pois tenho idade de ser seu pai e avô de seu filho.
Há uma crise sim, filho. De desemprego; de precarização do trabalho; de perdas de conquistas sociais. Cenas de um filme já visto, num contexto diferente.
Há uma crise ética, também. Na política, nas instituições públicas e privadas. E em muitos de nós, cidadãos, que formam a sociedade. Esse é o país que nos foi dado viver. Mas não se iluda. A crise é, acima de tudo, do modelo de desenvolvimento, ou seja, do capitalismo mundial. Não que não existam países mais civilizados, menos injusto que o nosso. Mas lá, como aqui, o trabalhador honesto também anda assustado. Porque o sistema globalizou-se. Quando uma peça cai, outras vão caindo, num efeito dominó.
Mas que diabos, não estou sendo nada animador. E as palavras que desejo expressar são de ânimo. Mas filho, precisamos compreender o mundo em que vivemos, para modifica-lo. Sem mudança de paradigma viveremos esse eterno ciclo vicioso, essas díades: susto e ousadia; coragem e medo; algaravias e silêncios.
Mantenha acesa a chama da indignação, contra as injustiças sociais e prossiga, acima de tudo com amor à vida. Assim poderá superar obstáculos. Olhe os olhinhos de seu filho. Ele te fortalecerá. Lembre-se de outros pais nesse país em que uma classe dominante só pensa em dominar, egoisticamente as riquezas produzidas por mãos trabalhadoras. Sempre desferindo golpes nos sonhos do povo.
Não posso te oferecer uma receita pronta. Sei que sem luta não se muda nada. Portanto, filho, vá a luta. Mas sem cair na armadilha do sistema. Ele é sedutor. Pensa que o ter é ser. Cria instrumentos, para nos desviar do amor. Insufla ódio, pois o ódio é que sustenta o sistema. Caminhemos, filho, de mãos dadas, solidariamente, com o amor.
Imagem: fe
No ar o meu último lançamento: A Moça do Violoncelo (contos de suspense e mistério) e Estrelas (poesias). Dois livros em um, com orelhas, duas capas em papel laminado. Edição limitada, sem fins lucrativos. Receba o seu, entrando em contato com o autor.