13 Chás com a morte, Primeira interseção... Terceira carta...

26 Novembro de 2016

A casa esfria lentamente é quase possível cortar o frio a faca, quase me esqueço que no fogo esta a esquentar um doce e comum chá erva cidreira a nos esperar, me deslumbrei nas imagens de uma montanha que não imagino suas alturas e dimensões, estava na janela a observar ate que algo reluzente passou por mim quase a me assustar, nem tive tempo de cogitar a hipótese de desviar no fundo do meu peito fui induzido a concordar...

Uma linda menina ao longe os capins a regar, água límpida transparente me deu sede e uma intensa vontade de bocejar, mas não posso, pois fui escolhido para essa noite criar...

Do alto da montanha algo voando em minha direção não pude perceber que ser era apenas asas negras batendo ecoando um barulho ensurdecedor as arvores voando e as raízes secando, inerte não consegui fechar minha janela apenas levantei minha Mão direita e coloquei sob meus olhos numa tentativa de conter um pouco o brilho negro que vinha ate mim.

Ola?

Ecoa atrás de mim uma voz forte e suave que não me é estranha, não tive tempo de esboçar nenhuma reação apenas meus órgãos minha alma minha introspecção falaram calmamente em pensamento: Bem vindo Gustavo.

Os olhos ainda são negros e belíssimos como eram na infância, oh quão belíssima lembrança, se lembra menino a primeira vez que tomamos um cálice de vinho.

Ele não sorri apenas me olha meio que sem fim...

Saber no fundo Eu sei o porquê de você ter vindo aqui, mas não lhe oferecerei essa noite um chá, pisco meus olhos três vezes e a capa negra cai uma morte irônica sorri para mim agora despojada no meu sofá, eita liberdade...

Ola amigo vim lhe visitar espero não lhe magoar com a forma que fui obrigada a tomar, Eu ironicamente digo: Nunca minha amiga hoje apenas camomila a nos esperar e confesso que os olhos negros são de certa forma a única coisa que realmente conseguiu me perturbar.

Carrego pesadamente em minhas mãos xícaras de barro feitas artesanalmente por um poeta mineiro e queimadas em seu próprio terreiro de signo aquariano e um olhar meio estranho, perdível...

Cogito no meu coração a hipótese da morte queimar seus lábios com o calor do meu chá apenas a vaga maneira humana de se vingar.

Tomamos muitos, mas muitos goles e nada de acabar a historia fluiu naturalmente e calmamente caímos deitados sorrindo um para o outro num belíssimo e verde jardim onde a morte acariciou meus cabelos olhou nos meus olhos e beijou-me calmamente um beijo doce amargo frio indecifrável, apenas retribui: apesar de nunca ter esperado isso de mim.

Sorri para a morte e disse: Por esse motivo você me trouxe aqui? Ela calmamente me disse: Não anjo, hoje não sou Eu que esteve aqui...

Soaria estranho se Eu não estivesse num lindo lugar sentado num jardim olhando para o céu, com muitas perguntas no coração e na mão direita uma lindíssima xícara de chá de camomila meio amargo...

Uma tormenta acima da minha cabeça, mas não me atinge olho para a morte e a beijo instantaneamente conseqüentemente duas xícaras de chá caem jogadas no jardim que na mesma hora estava apenas a murchar, ela se levanta pega em minhas mãos e diz: Vamos anjo agora temos que voltar...

Quando acordo estou Eu claramente afetado parado na janela com uma xícara de chá de camomila frio olhando fixamente para o horizonte e bem ao longe no alto de uma montanha um ser de capa negra esta a acenar para mim, fecho a janela sento-me ao chão me recolho entre minhas pernas e começo a chorar...

Hoje na minha sala apenas chá derramado no meu tapete que Eu gostava e tinha prazer em admirar...

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