13 Chás tomados com a morte. Primeira Carta...
23 Novembro de 2016...
Na data de hoje a morte entrou voando por uma fresta na porta da sala e sentou-se ao meu lado no sofá, carinhosamente ela riu para mim, um rosto frio mórbido e cansado...
Semblante surrado pelo tempo rosto doce, mas de muito vazio e junto dela toda minha sala tomada pelo frio.
Ditou em meus ouvidos palavras que a mim soaram mais como gemidos idos e vindos e ofereci-lhe uma xícara de chá, chá me acalma e minhas palavras entram em conformidade, toca bem ao longe uma linda canção e a morte novamente sorri ao tomar seu segundo gole...
A casa esta totalmente velada e fria tomada por um sentimento de ausência que quase me entranho em meio a tijolos e cimento e perco minha essência, aleatoriamente passa despercebido pela janela um sentimento que sinceramente não saberei descrever.
Algo sóbrio que interfere o pesar contido numa conversação e num chá, não permite que ela se levante, pois já esta uma morte velha e cansada afinal são muitos anos de estrada, abro-te as portas de minha alma e entra em mim algo doce amável algo palpável, que chá forte na próxima “tomamos” mais amargo digo Eu sorrindo para a morte.
Agradecida ela se levanta e me abraça um abraço frio, mas de certa forma fraterno em meu ouvido sussurros que agora me perecem berros, vim apenas tomar um chá ainda não é tempo de te levar, vou-me agora, pois a musica ainda esta a tocar e sinceramente onde habita esse grau de saudade Eu não posso optar...
Será mesmo que a saudade venceu a morte?
Boa noite – Boa tarde – Bom dia. Leitor (a) Bem vindo ao primeiro de 13 chás tomados com a morte...