carta para Isabel
Desde que você se propôs a entrar na minha vida, você faz falta. E como doía naquelas vezes, quando resolve se ausentar. Sempre fez. Confesso que até quando você estava presente em carne e osso, mas não em alma.
Levo-te comigo sempre, mesmo que em pensamento.
Também existem muitas coisas em mim, das gavetas e dos mancebos (cheio de coisas penduradas, expostas, deixadas, jogas de qualquer jeito) que tenho que te contar. Não há como joga-las fora, Isabel, o máximo que podemos fazer é tentar coloca-la em ordem e fecha-la, e dai elas ficam lá por anos, juntando mofo, pó, traças...
Quanto aos abraços, os meus braços estão aqui, esperando-os, também precisam dos teus para completarem-se.
Você faz parte de mim, da minha vida, das minhas memórias empoeiradas, e das cheirando a novo...
Não preciso dizer que você faz falta... Porque você sabe que faz... Se não fizesse eu não te ligaria nos dias frios, quando o que eu mais procurava era você, um vinho e uma vitrola.