Rejeição e humilhação na estrada

Hoje acordei feliz, tive uma noite bela, o dia amanhece radiante, proporcionando mudança de vida. Porém existem certas circunstâncias que surgem e que querem parar meus sonhos que foram avivados, nesse tempo de espera em que a consciência fica frágil diante de atitudes de obsessão; A consciência culpa por certas atitudes que trazem perdas. Nessas horas agimos de acordo com as vontades, desejos e ideais. Um encontro que trouxe amor à vida, equilíbrio a alma. Ainda lembro-me daquela noite bela em que ti conheci; Era noite de outubro, a data. Como iria esquecer. 18 de outubro de 2011. Dia em que te encontrei; E que recebi a missão de anjo de te seguir, de ser anjo na sua vida; Na verdade eu já te conhecia, você já havia aparecido em meus sonhos nas noite e madrugadas; Quando te vi, tive a certeza de que teria que estar ao seu lado e te proteger, mesmo correndo riscos e perigos, Teria que enfrentar desafios; mesmo sabendo de tudo, não desistindo de ser quem sou, entrando em sua vida; Te coloquei na minha vida, no meu coração; porém sempre estive ao seu lado, e ao mesmo tempo ausente. Tudo o que queria era o seu carinho a sua amizade, estar com você. Poder sorrir, falar, ouvir, compartilhar; Porém seu sorriso, seu olhar nunca esteve em minha direção. Sempre esteve distante. Sempre fui rejeitada, humilhada, um lixo aos seus olhos. Nunca em momento algum da minha vida pensei em amar um motorista; Jamais; Mas quando te vi; As regras mudaram. O amor começou a flutuar, me envolver de tal maneira que fui purificada por um desejo de ter o amor ou a amizade, enfrentando desafios da caminhada. Escolhi embarcar todos os dias no seu ônibus em que dirige para estar ao seu lado. Porém sempre fui ignorada. O tempo passou seis anos por uma espera de um abraço, um beijo um calor amigo. Sou a passageira fiel; A qual te acompanha nesses seis anos: A rejeitada, a humilhada, que é envergonhada, aquela que você odeia! Não consigo entender seu ódio. Seu desamor por mim. Hoje ao passar a catraca; quase cai; Estava no volante, porém distraído em outro mundo. Quase me machuquei. E nem se quer perguntou como eu estava? Se fosse as outras passageiras teria parado o ônibus. As outras descem pela porta da frente; Enquanto eu, tenho que passar a catraca e ainda ver risos e deboches dos passageiros. Que sabem que embarco todos os dias em seu ônibus. Até quando vai continuar me excluindo; Até quando vai ficar me humilhando, me envergonhando? Prossigo; Mesmo com o coração sangrando. Dói demais, sangra, causa febre. Porém sei que Deus tem o balsamo da cura. E esse balsamo desce sobre mim, me fortalecendo. Faço tudo para que me valorize, para que aceite o meu carinho, minha amizade. Enquanto encontro apenas rejeição; Nessa estrada, dentro deste ônibus que escolhi embarcar. Porém: existe dois caminhos: Partir ou ficar. Escolhi ficar, suportando tudo; Sem me importar com opiniões. Por que: É certo que a vida trás ousadia, sabedoria. “O amor passeia de Ônibus.”

Elza Marques
Enviado por Elza Marques em 29/10/2016
Código do texto: T5806461
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