PERFUME

Perfume sutil, único e certeiro. Homem sério perante estranhos, olhos orientais que me fitaram intensamente perante um jantar lindo cheio de palavras que dançavam entre si. Roupa preta, cabelo ajeitado, Homem alto e charmoso demais. Duas horas de conversa. Nossa, a comida esfriou...

Me aproximei, toquei seu rosto suavemente, e o abracei.

Meu mundo balança agora.

Que abraço é esse? O que estou sentindo agora?

[...]

Proteção, sensualidade, química.

Cheiro tão sutil que quando chegou perto se tornou intenso, atraente. Marcou no meu inconsciente. O respeito prevalecia. Gostava disso.

Mas resolvemos sair dali. Já era tarde.

Vou te levar para casa -disse ele.

Ao chegar na porta de casa, fui me despedir com um beijo no rosto, mas seu rosto virou e então fui beijada. Eu não conseguia respirar. Meu coração acelerou em segundos.

Tantos beijos diferentes... Mas porque o seu? Só pode ser brincadeira... - pensei

Não queria descer do carro. Explicitei, seguido de biquinho.

E então o vi sorrir charmosamente com o canto dos lábios.

Vamos sair mais um pouco então. Para um Motel talvez? Não se preocupe, prometo ficar na ponta da cama e você na outra! - exclamou falando amigavelmente.

O clima era amigável. Ainda não nos conhecíamos. Era fevereiro. Entramos no quarto. Sentamos para conversar por mais uma hora, e nossos olhos já não aguentavam mais trocar ideias do que estávamos sentindo. Antes do afeto, veio de fato a atração.

E então perante tantos beijos e abraços, deitei na cama e o vi me observar retirar a sandália silenciosamente.

Mas o que..? Não tô entendendo porque você ainda tá de vestido. - falou.

Já entendi a mensagem, era o que eu queria. A estranha confiança prevalecia. Foi ali, perante tantos abraços, amassos e beijos que me perguntei incansavelmente o que havia de tão intenso entre nós.

Ah claro, a química.

Fomos nos encontrando com uma frequência extrema, e então o afeto foi surgindo. Mesmo quando não queríamos. Após as 6, Dentro de um quarto de motel, passamos a jantar, assistir TV, desabafar, rir... Transar até perceber que só teríamos 3 horas ou menos para tentar dormir. O tempo passava como se fosse só segundos. Nossos abraços criaram afeto demasiado, que proteção que eu sentia. Passava mal com frequência perto de você por estresse, o vi cuidar de mim para não piorar... Me ouvir falando coisas mesmo Que não entendesse... Sempre bom ouvinte.

Foi aí que você foi me conhecendo, e gostando de mim, e eu de você, sentindo como se tivesse enfeitiçada muito mais do que pelo seu perfume, o que mais me agrada perante todos que senti nessa vida.

Abraços que eu aguardava ansiosamente para sentir. Lábios que reclamavam de abstinência dos seus beijos, corpo que perdia a temperatura ao te ver, carinho inesperado... Intenso, real.

Ah não... comecei a te amar. Já nos gostávamos demais.

Perante tantas pessoas que amei ao menos um pouco. Nada se compara.

Aquele clíma leve, sem exigências, mentes iguais, calmaria que prevalecia... Você provou que já tinha um afeto à mais.

A preocupação com o outro foi surgindo... Aquela voz doce me enfeitiçava facilmente. Eu pedia para ouvir. Ia correndo entrar no seu carro para te dar um beijo, te abraçava com todas as minhas forças...

Sinto sua falta. O trabalho acaba com a gente... Logo quando tudo estava tão bom por meses!

Se eu pudesse, trabalharia perto de você só para te ver o maximo possível. E também, poder sentir ao menos um pouco o seu perfume, enquanto lembro quantas vezes você deixou seu cheiro na minha pele, e na minha roupa.

Jamais esquecerei.

Tamiris Sindice
Enviado por Tamiris Sindice em 19/10/2016
Código do texto: T5796188
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