Despedida

Olá, amiga!

Ainda posso chamá-la assim, porque sempre a considerei dessa maneira, e creia, também mereci ser chamada de amiga.

Ao pensar em lhe escrever eu tinha muito a dizer, no entanto, essa que seria uma carta resumira-se a quase um bilhete, e de adeus. Nós não tínhamos prazo de validade, mas parece-me que o nosso venceu. Fui Leal e Fiel a você como um cão, contudo, não confiou em mim. A princípio, até compreendi os seus sentimentos, mas a permanência deles não...

Amiga, bem sei que não havia compromisso de seguirmos até o fim, nem em casamento há, mas cismei que poderia.

Não tenho pudor em admitir que senti e sinto muito a sua falta e para corroborar, o peso de uma injustiça. Olhe, amiga, minha sensação é de ter sido deixada à beira da estrada.

Perdemos a naturalidade de ser... De agora em diante, ainda que tentássemos, haveria uma parede invisível que jamais conseguiríamos transpor, então é melhor o fim... Guardarei você num cantinho especial, e, um dia lembrarei sem dor...

Não dançaremos mais descalças na areia, não faremos nunca mais "marterapia", nem brindaremos aos FDPs, não tomaremos porres, não riremos por tudo e por nada, não desfrutaremos o Mar juntas, não mais nos confessaremos uma a outra, nunca mais seremos companheiras e companhia...

Eu te vi como uma amiga-irmã escolhida, e te amei! Seja feliz com suas novas, antigas e amigas de sempre!

Adeus, amiga!

Nalva Sol
Enviado por Nalva Sol em 01/10/2016
Reeditado em 01/10/2016
Código do texto: T5777855
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