Placebo
E houve um momento, uma entrelinha, talvez uma fração de segundo onde o amor invadiu a minha inocência… Onde me abateu, antes mesmo que eu pudesse oferecer qualquer resistência…
…Às vezes eu tento resistir, mas quanto mais eu luto, mais a ele eu me torno submissa… E quanto mais eu tento fugir, mais eu afundo nesse sentimento mutante.
…Então desisto e me entrego… Tão extasiante, palpitante, eu quero é mais, só mais um pouco desse placebo… Desse vício eu trago, eu injeto, eu cheiro, eu como, eu bebo…
…Tão doce, atraente, fácil, intenso, esperançoso e macio… Alimenta o meu momento, se sacia dele e vai embora deixando um enorme vazio…
…Leva embora as minhas lembranças, meus sonhos, deixando apenas uma enorme nostalgia… Soube me guiar, me afagar e mesmo ausente se mantém a melhor companhia…
… Se vestiu de palavras belas, agiu com cautela e de forma doce, me fez acreditar ser capaz… Chegou trazendo esperança e partiu levando a minha paz…