Nadar contra a maré
A ideologia implícita em buscar a espiritualidade é a da contracultura já que questiona o materialismo, que é a ideologia predominante no mundo, ou a cultura principal do planeta, que e é oposta aos aspectos míticos da existência humana. Assim como o ato de se questionar tudo que já está estabelecido também representa um ato de “nadar contra a maré”.
Quem é espiritualista pratica sua espiritualidade sem igrejas ou templos, sem doutrinas ou sacerdotes. Acredita que o mundo é uma “matrix” e que para progredir é necessário se libertar dos condicionamentos impostos por ela. Refletir sobre si mesmo vai muito além do narcisismo moderno, que ao invés de olhar sua imagem refletida na superfície do lago, sorri para tirar uma selfie. Trata-se da relação que temos com nós mesmos e os impactos que isso tem nos nossos projetos de vida.
A liberdade nesse contesto do espiritualista, ou daqueles que nadam contra a maré, é exercida através do controle de si mesmo, do combate contra o poder da “matrix”, onde buscamos nos desenvolver e nos transformar em pessoas melhores e mais evoluídas. O espiritualista está aberto a questionamentos não apenas sobre a própria ideologia, mas de todas as outras. Concebe em seu pensamento de forma igualitária, o caos e a paz.