A Charlotte VI

"Ah!

Minha querida Charlotte,

Basta de sofrer, de capengar cego sem vislumbrar os raios de sol. Há tempos que não respiro as virações da manhã, nem cortejo a serenidade da noite;sendo bem verdade que desconheço quando é dia e quando é noite. Isso já não me importa, adorável Charlotte!

Minha fragilidade, em todos os aspectos da vida, migra para uma atitude que muitos menosprezam, mas que eu, particularmente, defino como o maior ato de libertação e coragem do ser humano; libertação de uma vida de martírio, coragem por partir sem ti!

Uma vida sem gozar de teu amor? Tal destino é vil!

Minha afável Charlotte, creio que já possas supor o que minha mente desiludida anseia com afinco, e receio que seja irrevogável esse meu pesar...

Seu Lord Solrac.

João Pessoa, 29 de junho de 2007.

Carlos E S Dantas
Enviado por Carlos E S Dantas em 20/07/2007
Reeditado em 10/10/2009
Código do texto: T573049
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