A Charlotte IV
Minha querida Charlotte,
Esquecido pelo tempo e apoiado na nostalgia, vejo-me, decrépito, tentando acalmar as lágrimas vertidas pela minha saudade de ti, terna Charlotte!
E já de tão evidente o palor da minha realidade, meus sonhos são meu refúgio mais seguro! Mas sonhos como estes não poderiam ser chamados de sonhos, minha graciosa Charlotte, pois eles apenas laceram minha alma trazendo memórias dos nossos momentos mais inesquecíveis, os momentos que, talvez, nunca se repetirão!
Meu pranto se farta da minha penosa situação; e tu que não voltas, amada Charlotte...
Seu Lord Solrac.
João Pessoa, 03 de março de 2007.