Nós, as pessoas complexas
Nós, as pessoas complexas, não somos apenas divididos ao meio, como se uma metade nossa fosse o acelerador e a outra o freio, cada pedaço da gente pode representar o contrário ou um lado diferente. Não nos contentamos só com a superfície, toda dúvida nos demanda um mergulho profundo e uma análise intensa de todo conteúdo. Nós somos triângulos que vivem num mudo redondo, por isso aqui nunca nos encaixamos, pulsamos em arritmia, porque fazemos parte da resistência, mas não da rebeldia.
Nós, as pessoas complexas, combatemos o obsoleto e o antiquado, porque somos recicláveis, acreditamos que as pessoas são o que dizem, o que pensam e o que sentem. E sua riqueza está nesse acervo e não na diferença entre mil e cem, porque não somos números e ninguém é só o que tem. Embora sejamos complexos, não somos pessoas complicadas, porque enquanto pessoas complexas debatem pontos de vista, as pessoas complicadas (chatas) discordam só pelo prazer de criar problema ou polêmica. Buscamos o sentido da vida, estudamos nossos medos, e com a nossa humildade sabotamos a ignorância, minamos a estupidez e destruímos a arrogância.