Um Trem chamado Destino

Estas linhas escrevo-as para mim.

Por que não (...)

Permito-me o constante analisar do vagão no qual transito,

irriquieta em constante mutação.

Meu assento não é e jamais me permito ser o mesmo.

Que viagem é esta na qual passageiros vem e vão.

Transitoriamente voam os pensamentos através da fresta de minha janela.

Sento-me ao lado dela, Afinal,a paisagem aí é a mais bela e posso aspirar o frescor da relva a passar (quase desvairada, ao toque do sibilo desse trem).

Mas porque será que não diviso tal maquinista, tão hábil a passar por entre tantas curvas, e eu a me segurar.

Tranquilizo-me a imaginar que Nele posso acreditar.

Tantos passageiros e quantos trocam de lugar.

Nostálgicos alguns,insanos os demais.

Neste vai e vem, como poderia eu viajar ao lado deles,sem o ser também.

Quantos sussurros divisei (notadamente),mas nenhum deles observei.

O trem corre célere e ao meu destino nunca consigo alcançar.(porque será)!

Tenho medo as mais das vezes por não saber aonde o trem irá parar.

Suspiro,fecho então meus olhos e procuro respirar.

Medito onde desejo aportar.

Alguém me diz:_Louca"!

Espanto-me ao olhar.

Quantos dedos a apontar!

Mas o maquinista não quer parar!

Atrevo-me a perguntar para onde estão a nos levar.

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( Silêncio Absoluto)

O que pensar...

Intrigada ponho-me a esperar.

Depois de tantas estações,creio que não me devo preocupar.

Em algum lugar hei de aportar e quem sabe...

"Alguém estará a me esperar"!

Berta Novick
Enviado por Berta Novick em 25/07/2016
Reeditado em 31/07/2016
Código do texto: T5709091
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