Um Trem chamado Destino
Estas linhas escrevo-as para mim.
Por que não (...)
Permito-me o constante analisar do vagão no qual transito,
irriquieta em constante mutação.
Meu assento não é e jamais me permito ser o mesmo.
Que viagem é esta na qual passageiros vem e vão.
Transitoriamente voam os pensamentos através da fresta de minha janela.
Sento-me ao lado dela, Afinal,a paisagem aí é a mais bela e posso aspirar o frescor da relva a passar (quase desvairada, ao toque do sibilo desse trem).
Mas porque será que não diviso tal maquinista, tão hábil a passar por entre tantas curvas, e eu a me segurar.
Tranquilizo-me a imaginar que Nele posso acreditar.
Tantos passageiros e quantos trocam de lugar.
Nostálgicos alguns,insanos os demais.
Neste vai e vem, como poderia eu viajar ao lado deles,sem o ser também.
Quantos sussurros divisei (notadamente),mas nenhum deles observei.
O trem corre célere e ao meu destino nunca consigo alcançar.(porque será)!
Tenho medo as mais das vezes por não saber aonde o trem irá parar.
Suspiro,fecho então meus olhos e procuro respirar.
Medito onde desejo aportar.
Alguém me diz:_Louca"!
Espanto-me ao olhar.
Quantos dedos a apontar!
Mas o maquinista não quer parar!
Atrevo-me a perguntar para onde estão a nos levar.
...............................................................................................
( Silêncio Absoluto)
O que pensar...
Intrigada ponho-me a esperar.
Depois de tantas estações,creio que não me devo preocupar.
Em algum lugar hei de aportar e quem sabe...
"Alguém estará a me esperar"!