Silêncio

Depois do fim do mundo, ninguém nos diz o que fazer.

As palavras perdem o sentido e não há espaço para novas historias.

Posso até guardar uma leve tristeza, uma leve lembrança... Inexplicável.

O riso que era fácil escorre agora pelo canto da boca... Imperceptível.

Chega a hora de partir, a despedida se faz necessária.

Sem paisagens, espelhos d' água, apenas a última vez.

O que outrora inestimável como o perfume das flores.

Não ando perdido, mas desencontrado.

O silêncio torna tudo menos penoso.

E hoje, o amanhã é apenas o sinônimo de nunca.

Eduardo Perez
Enviado por Eduardo Perez em 17/07/2016
Reeditado em 06/08/2016
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