O nosso amor, a nossa música, a nossa história
Ouvir histórias de amor sempre me faz sentir uma dor enorme no peito. Um vazio. O vazio que você deixou quando se foi. Agora os dias passam rápido, voam, mas nem sempre foi assim. No início, parecia que os minutos se arrastavam, sofriam e choravam junto comigo. Agora tudo mudou. Não que isso signifique que não o amo mais, pois ainda amo, mais do que poderia ser possível.
Estou ouvindo Green Eyes, a nossa música. Me recordo nitidamente daquele vídeo em que você cantou-a. Cantou como se cantasse para mim, só para mim. Cantou com o coração, esse coração enorme que me amava tanto, mas que eu não consegui entender isso na época.
Estou ouvindo essa música e lembrando de tudo o que tivemos. Dia 23/01 eu ia te mandar as cartas. Aquelas cartas que eu escrevia dia após dia. Eu ia torná-las um livro. Um livro para você. Não lembro bem se fiz a promessa de publicar essa história, a nossa história, mas tentarei. Ela parece estar pela metade, embargada no fim que tivemos repentinamente.
Você acredita em segundas chances? Eu não sei se acredito, mas acho que depois de um tempo algumas coisas podem se arrumar. Não sou mais aquela garota de um tempo atrás, que não percebia seu amor por mim. Não sou mais aquela garota que teria coragem de te deixar. Quem teria a audácia de deixá-lo?
Algum dia, em algum lugar, talvez você encontre meus velhos versos. Aqueles que escrevi para você. Talvez você leia e se recorde de quem escreveu, daquele amor que sentíamos. Talvez você se recorde, ou talvez meus versos já não me lembre mais. Quem sabe um dia eu mesma o encontro por aí, mas, como será? Então vem a grande pergunta: se me ver novamente, me lerá, através do olhar, dos gestos, talvez das lágrimas ou continuará caminhando rumo à um caminho que já não me diz respeito?